segunda-feira, 25 de abril de 2011

Gonçalense com muitos anos de advocacia ocupa Terceira Vara Cível


Um juiz que conhece o dia a dia dos advogados, suas dificuldades, aflições, vitórias e derrotas. É assim que se pode definir o perfil do titular da 3ª Vara Cível de São Gonçalo, Euclides Miranda. Há cerca de três meses no cargo, ele tem 13 anos de magistratura e trabalhou em outras comarcas no interior do estado.
Gonçalense, 49 anos, Euclides Miranda surpreende a quem tenta falar com ele. Aconteceu com a reportagem do Jornal da Ordem, que não encontrou nenhuma dificuldade para marcar a entrevista. Aliás, foi o próprio juiz quem atendeu ao telefone e agendou o compromisso. Miranda que advogou durante 15 anos, disse que seu maior entrave no cargo é a falta de funcionários.
De acordo com o juiz, a Vara tem 10 mil processos. Logo que assumiu o cargo, ele se deparou com um grande número de pedido de liminares de pessoas solicitando remédios. “De cinco em cinco minutos, eu tinha que conceder uma liminar. Mas a prefeitura acabou com as minhas liminares, que continham multas para o secretário de Saúde, que poderia ser preso se não fosse cumprida. Houve uma diminuição muito grande”, disse. A solução saiu de uma reunião do procurador da Prefeitura com o juiz, que comprometeu-se, em nome da prefeita, resolver o problema pondo fim ao grande número de recursos.
Ao falar da implantação do Foro Regional do Alcântara, uma das bandeiras de luta de diversos setores da sociedade inclusive da OAB-SG, Miranda deixou claro que é um assunto que deve ser estudado com muito cuidado.
- “Não adianta se criar diversos pólos pequenos sem uma infraestrutura. Vai nascer ruim. Acho que, se a prefeitura se dispusesse, tenho certeza que a presidência do Tribunal conseguiria mais rapidamente a construção de alguma coisa, um prédio bom em Alcântara. Mas teria que ser os dois poderes sentando, colocando as posições para trazer uma coisa boa para a população. Não adianta colocar um prédio lá sem funcionários, sem computadores. Tem que ser uma coisa bem centrada. A justiça tem que ser séria. A população vem buscar no judiciário aquilo que ela não conseguiu. A última fronteira do cidadão é a Justiça”, concluiu.

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